Na semifinal joguei contra o Eduardo Munoa que vinha de seguidos 2 x 0 nos matches anteriores. Na primeira partida, eu de brancas, jogamos uma Bogoljubow se não me engano - não sou muito bom com nomes de aberturas - 1. d4 Cf6 2. c4 e6 3. Cf3 Bg5+ 4. Bd2 De7 e segue o baile. Consegui uma boa vantagem de espaço na abertura, mas sempre com jogo perigoso e na eminência de um contra-ataque negro em qualquer piscada de olho que eu desse. O jogo estava se direcionando para um final igualado com algumas trocas de peça, quando as negras, num erro (o xadrez rápido tem muito dessas), deixam capturar um de seus peões centrais, deixando-me imediatamente com um peão passado na coluna d, embora o rei preto estivesse mais ativo e minhas peças com alguns problemas de coordenação. Não consegui superar essas dificuldades para assegurar a vitória e a partida voltou a ficar igualada, mas agora eu estava no apuro de tempo e sucumbi ao forte jogo do meu adversário.
Na segunda partida não ofereci muita resistência. Precisando vencer joguei uma índia do rei e acabei caindo numa linha que não estou familiarizado com os planos. Munoa garantiu mais uma vitória por 2 x 0 no nosso match parando minhas possibilidades na ala do rei seguido de um ataque devastador na ala da dama.
Na disputa do terceiro lugar joguei contra o Felipe Menna Barreto, atual vice-campeão gaúcho que também possui um blog, cujo endereço está a esquerda dessa página. Nossas partidas sempre são muito acirradas, com o Felipe sempre conseguindo uma certa vantagem nas aberturas. Excetuando
nossa partida no Regional Sul. Dessa vez jogamos a variante ortodoxa do gambito da dama. As negras conseguiram uma considerável vantagem em espaço na ala do rei, o que dava razão para o Felipe iniciar um bom ataque. Mas faltou apenas um detalhe, assegurar a segurança no centro. Depois de d5 o ataque branco no centro para a iniciativa negra na ala do rei e, após alguns lances, tive em minhas mãos uma posição vencedora.
Na segunda partida o Felipe jogou uma inglesa a qual eu respondi com 1. c4 e5. Na abertura meu oponente conseguiu vantagem em desenvolvimento e eu tive que entregar um peão para rocar com segurança. Fui levando a partida com um peão a menos até entrarmos num final de torre rei 6 peões x Torre Rei e 5 peões. Estava contente com minhas possibilidades de empate pois eu tinha uma torre e um rei bem colocados nesse final que é sempre muito complicado. Mas numa posição que eu espero mais tarde ser capaz de colocar aqui como imagem, meu adversário fez um lance inesperado que me colocou em sérios apuros e logo após ele venceu a partida.
Na morte súbita o Felipe tinha a vantagem de escolher a cor das peça com que iria jogar por ter ficado melhor colocado na soma das três etapas do circuito e ele escolheu as pretas. Então, eu tinha a obrigação de ganhar. O Felipe me surpreendeu jogando uma Benoni e eu tentei jogar da forma mais agressiva possível na variante que se joga f4 direto. Errei ao não impedir b5 do adversário com a5 que é temático e logo meu oponente ficou em melhor posição e garantiu a vitória.
Após a premiação final, o MXC brindou a todos os presente com um coquetel de encerramente. Essa confraternização deu bem a calhar, pois o torneio acabou bem na hora do meio-dia e todos estávamos com fome depois de gastar muita energia em cima do tabuleiro.
E para ilustrar bem as emocionantes decisões que tivemos na morte súbita, deixo aqui o link do vídeo da partida final entre Vitor Hugo e Eduardo Munoa.
http://www.youtube.com/watch?v=AkBUKE9Xkao
As fotos são do blog do MXC: http://metropolexadrezclube.blogspot.com/
E do Blog do Marcos Sander: http://www.marcoseoxadrez.blogspot.com/
Abraço a todos e até a próxima!
Eider Cruz
Parece bobagem, mas é de se prestigiar um evento que abre oportunidade para esses momentos de confraternização (e com comida na hora certa!), afinal de contas, é essa união entre os jogadores que fazem existir o xadrez no RS.
ResponderExcluirGrande Eider, parabens pela iniciativa.
ResponderExcluirSucesso no blog. abraço