Vou falar sobre a Final do Circuito do Metrópole Xadrez Clube, começando o blog com o pé direito. Talvez não tanto pelo meu resultado, embora tenha sido um expressivo quarto lugar, pois estava entre feras do xadrez gaúcho, mas sim pelo excelente circuito que foi realizado desde a primeira etapa até a Grande Final.
Tirando a ferocidade das peças em defender seu rei ao mesmo tempo que tramavam planos ardilosos para derrubar o rei adversário, estivemos num ambiente agradável, onde todos os jogadores puderam aproveitar aquilo que o xadrez nos traz de melhor: as amizades.
Fica aqui meu agradecimento aos idealizadores do evento por proporcionar à comunidade enxadrística um dos melhores, mais bem organizados e, como não poderia deixar de citar, um dos mais emocionantes eventos dos últimos tempos por esses pagos.
Falando agora dos matches eliminatórios que foram bastante tensos, em especial para mim, porque três dos quatro que disputei foram para a morte súbita que consistia em uma partida em que as brancas tinham 6 minutos e a obrigação de vencer contra 5 minutos das pretas e o empate a seu favor. Quando a vantagem de escolher a cor das peças pertencia a mim, escolhi sempre as pretas, mesmo com a desaprovação do vice-campeão Vitor Hugo, que em seu momento de "peru" (todos temos os nossos), deixou escapar um "não acredito!". Depois o Munoa também escolheu as negras na finalíssima contra o próprio vitinho, assim como o Felipe na disputa pelo terceiro lugar contra mim, e também lembro que ano passado no torneio da Festa da Uva em Caxias do Sul, na mesma situação, Mequinho escolheu as negras contra o Andrés Rodrigues e massacrou.
Nas oitavas de finais joguei contra o Rubens Castro. Jogador perigoso que não perdoou minha falha na primeira partida, me ganhou uma peça e arrematou com precisão, depois de eu ter jogado uma boa defesa siciliana e obtido no mínimo a igualdade.
Na segunda partida era ganhar ou dar adeus ao torneio. Jogamos uma abertura um tanto estranha e eu tinha a sensação que tinha me dado melhor e que a vitória viria naturalmente. Engano meu, o Rubens manobrou bem suas peças, deixando-as em excelentes casas e de repente tomei um susto ao constatar: estou perdido. Então comecei a jogar para colocar o maior número de obstáculos a frente do adversário. Após ele desperdiçar uma chance de invadir devastadoramente meu território com sua torre, consegui fechar a posição e entrar num final com possibilidades para ambos os lados e venci com uma peça a mais numa posição não muito clara por causa dos peões passados do oponente.
Fomos para o jogo de desempate. Eu apelei para a boa e velha Caro-Kann que por transposição virou uma francesa e eu acabei vencendo com um ataque forte na ala da dama. Que sufuco que foi esse match. Parabéns ao Rubens que jogou muito bem, uma pena que tenha disperdiçado a chance de vencer a segunda partida.
Fica aqui meu agradecimento aos idealizadores do evento por proporcionar à comunidade enxadrística um dos melhores, mais bem organizados e, como não poderia deixar de citar, um dos mais emocionantes eventos dos últimos tempos por esses pagos.
Falando agora dos matches eliminatórios que foram bastante tensos, em especial para mim, porque três dos quatro que disputei foram para a morte súbita que consistia em uma partida em que as brancas tinham 6 minutos e a obrigação de vencer contra 5 minutos das pretas e o empate a seu favor. Quando a vantagem de escolher a cor das peças pertencia a mim, escolhi sempre as pretas, mesmo com a desaprovação do vice-campeão Vitor Hugo, que em seu momento de "peru" (todos temos os nossos), deixou escapar um "não acredito!". Depois o Munoa também escolheu as negras na finalíssima contra o próprio vitinho, assim como o Felipe na disputa pelo terceiro lugar contra mim, e também lembro que ano passado no torneio da Festa da Uva em Caxias do Sul, na mesma situação, Mequinho escolheu as negras contra o Andrés Rodrigues e massacrou.
Nas oitavas de finais joguei contra o Rubens Castro. Jogador perigoso que não perdoou minha falha na primeira partida, me ganhou uma peça e arrematou com precisão, depois de eu ter jogado uma boa defesa siciliana e obtido no mínimo a igualdade.
Na segunda partida era ganhar ou dar adeus ao torneio. Jogamos uma abertura um tanto estranha e eu tinha a sensação que tinha me dado melhor e que a vitória viria naturalmente. Engano meu, o Rubens manobrou bem suas peças, deixando-as em excelentes casas e de repente tomei um susto ao constatar: estou perdido. Então comecei a jogar para colocar o maior número de obstáculos a frente do adversário. Após ele desperdiçar uma chance de invadir devastadoramente meu território com sua torre, consegui fechar a posição e entrar num final com possibilidades para ambos os lados e venci com uma peça a mais numa posição não muito clara por causa dos peões passados do oponente.
Fomos para o jogo de desempate. Eu apelei para a boa e velha Caro-Kann que por transposição virou uma francesa e eu acabei vencendo com um ataque forte na ala da dama. Que sufuco que foi esse match. Parabéns ao Rubens que jogou muito bem, uma pena que tenha disperdiçado a chance de vencer a segunda partida.
Nas quartas de finais joguei com o temível Rogério Crespo. Tenho um score bastante positivo contra esse forte jogador. Se score vencesse jogo, eu estava tranquilito, mas sabemos que não é bem assim. Na primeira partida ele caiu numa preparação minha. Joguei uma siciliana na variante do peão envenenado. Sabia que ele ia se sentir bem na posição por ser de caráter aguda com tática pra tudo quanto é lado, com as brancas tendo que atacar de qualquer forma, pois têm um final praticamente perdido e foi exatamente isso que aconteceu. Sacrifiquei um peão pela troca das damas e entrei num bom final para mim. Acredito que tenha vencido na confiança do adversário, pois ele pode ter superavaliado suas possibilidades. Apesar da vitória, é preciso olhar com cuidado essas possibilidades das brancas.
Na segunda partida jogamos um abertura estranha que tendia para uma índia da dama e uma Nimzowitch propriamente dita. Não sei identificar qual a espécia do animal. Me senti bem saindo da abertura, mas, com jogo correto do preto acabei pindurando um peão central e fiquei perdido rapidamente.
Na Morte súbita, escolhi as pretas e novamente joguei a sólida Caro-Kann. Obtive uma boa posição e no meio da velocidade do tempo e dos lances, arrematei a partida. Mais um match tenso e cheio de emoções.
Na segunda partida jogamos um abertura estranha que tendia para uma índia da dama e uma Nimzowitch propriamente dita. Não sei identificar qual a espécia do animal. Me senti bem saindo da abertura, mas, com jogo correto do preto acabei pindurando um peão central e fiquei perdido rapidamente.
Na Morte súbita, escolhi as pretas e novamente joguei a sólida Caro-Kann. Obtive uma boa posição e no meio da velocidade do tempo e dos lances, arrematei a partida. Mais um match tenso e cheio de emoções.
Por ora é isso, pessoal. Sejam muito bem-vindos ao meu singelo blog. Amanhã volto falando sobre a semifinal e a disputa do terceiro lugar.
Bom começo de semana a todos.
Abraço!
Eider Cruz
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirParabéns pela iniciativa e obrigado pela sincera consideração.
ResponderExcluirAbraços,
Rubens Castro
Esse guri vai longe!!! hehheh. adoro vc! bjão!
ResponderExcluirQuando tu falas a respeito da tua partida contra o Crespo, minha mente não consegue imaginar o tabuleiro, pelo pouco entendimento que tenho de xadrez, mas me parece que sacaste bem o que teria de ser feito. Por mais que se tenha uma maneira de jogar no xadrez, nosso adversário nunca vai ser o mesmo. Tu te adequou às táticas do teu adversário. Quanto a segunda contra ele, infelizmente, uma perda de peão... ah, acontece. Hhehehehe... :D
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