sábado, 7 de maio de 2011

Circuito Gaúcho de Xadrez Rápido - Dois Irmãos

Sempre achei chata essa história de postar sobre um torneio com o atraso de uma semana (às vezes até mais), no entanto dessa vez foi muito boa essa demora, pois aproveitei para refletir melhor sobre o muito que tem se falado por aí a respeito dos rumos do Xadrez Gaúcho. Parece que mais uma vez a cisão toma o lugar da união e o xadrez se divide em dois lados que permanecem antagônicos. A FGX não reconhece o MXC porque não é um clube filiado à entidade - o MXC não reconhece a FGX pois cresceu em importância como alternativa para os enxadristas, além de a FGX não ser uma entidade reconhecida pela CBX... e por aí vai. Não tenho conhecimento dos pormenores da questão, mas sei que nessa história de mocinhos e vilões a única vítima é o xadrez.

O torneio em Dois Irmãos se realizou coincidentemente no mesmo fim de semana do torneio do MXC. A primeira vista sem razão que explicasse tal atitude, já que o calendário do Xadrez Gaúcho está com muitas datas disponíveis e o MXC tem as datas das etapas de seu Circuito a muito tempo divulgadas. Como isso me perturbava muito (não só a mim acredito, mas a todos os enxadristas - já que há carência em torneios seria terrível dois realizados na mesma data) fui então conversar a respeito com o Presidente da FGX Maikon Diel. Ele me respondeu que teve que remanejar diversas vezes a data e no final não teve outra saída a não ser escolher o dia 31 de maio para I etapa do circuito gaúcho de xadrez rápido, pois o evento contava com o apoio da Prefeitura de Dois Irmãos e nesse fim de semana estaria acontecendo diversos eventos na cidade em razão do dia do trabalho. Essa explicação, que nesse caso na minha opinião é necessária, não foi dada publicamente pela FGX, nem mesmo quando indagada pelo enxadrista Iuri Pasini no grupo Xadrez Gaúcho do yahoo.

É inegável o excelente trabalho realizado no MXC e a FGX mostra que tem plenas condições de retomar a posição perdida pela péssima gestão anterior e reconquistar a confiança dos enxadristas. O negócio agora para ambas as partes é continuar trabalhando, se não juntos, pelo menos unidos pelo melhor do xadrez. De minha parte continuarei coloborando no que está ao meu alcance - jogando os torneios e divulgando o nosso nobre esporte-arte.

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Agora falando do torneio. Não conhecia o enxadrista paulista Marcelo Burgos 2193 FIDE, campeão do torneio. Infelizmente não tive a oportunidade de jogar contra ele, mas pareceu ter um jogo muito consistente, empatando com um dos melhores enxadristas gaúchos Eduardo Munoa. No torneio fui surpreendido por um guri sub-14 de Vacaria, Dimitri Boeira, contra o qual tive que suar pra empatar depois de eu ter saído um pouco mal da abertura. Joguei também contra o Antônio Costa Curta que está a cada torneio jogando melhor, se ele tiver uma boa orientação técnica e dedicação ainda pode ir muito longe. Costa Curta jogou uma índia do Rei, mas não conseguiu levar adiante o ataque na ala do rei e eu após aliviar um pouco a tensão, pude levar adiante o ataque na ala da dama e vencer a partida.


Da esquerda para a direita:
Leonel Dorneles, Elisandro Pimenta, Antônio Costa Curta e Alencar Santos

Empatei novamente com Eduardo Munoa numa partida intrigante para mim O Munoa jogou uma Holandesa e acredito que com uma idéia bastante equivocada. Eu não consegui aproveitar as oportunidades e acabei entrando num meio jogo inferior, mas consegui segurar a posição.



Terminei o torneio em 5º lugar com 5 pontos, empatado de 2º a 7º com 6 enxadristas. Uma grande falha dos organizadores foi a não divulgação do CrossTable do torneio - fiquei frustado quando fui procurar. Todos sabem que é sempre de fundamental importância essa divulgação e não é nem preciso explicar por quê.

Informações sobre o torneio e fotos: Site da FGX


É isso aí pessoal. Sintam-se à vontade para comentar, criticar ou dar alguma sugestão.

Abraços e até o V Cultura Open dia 21!



11 comentários:

  1. Que infeliz antagonismo que existe aqui. Isso só impede do xadrez gaúcho de ir pra frente e de ser forte. Como ter representatividade diante dos outros estados num campeonato nacional, se as entidades gaúchas de xadrez estão preocupadas com os seus próprios negócios e não com os seus enxadristas?

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  2. A união faz a força! Mas parece que não é isso que o pessoal busca...

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  3. É igual na política, quando entramos com algum tipo de interesse. Não há motivo algum de desenvolvimento, mas sim de aproveitamento. Problema não só do xadrez gaúcho mas sim internacional. Abraços! Budde.

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  4. Esse Antônio Costa Curta eu já vi jogar, tem futuro mesmo.

    Boa matéria, abraço.

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  5. Fiquei satisfeito com o seu comentário em relação a nossa partida no torneio de dois irmãos.
    Abraço Dímitri Boeira

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  6. oi
    eu ñ fui no torneio mais empata com um sub-14 eu conheço ele e joga tri mal empate com ele?

    capaiz ele tem futuro.

    empata??/??

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  7. Márcio Dornelles foi quem morou na cidade de Rio Grande - RS ???

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  8. Eider, quero te convidar para um evento aqui em São Luiz Gonzaga, RS, início de novembro...Favor entra em contato! Rafael Vieira Clube de Xadrez Henrique Stocker

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  9. rafaelvieira23@bol.com.br

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  10. Se a FGX e o MXC se unirem, ja imaginaram a grandiosidade que o xadrez e seus eventos se tornarão? Sou fã do MXC, apesar de não frequentar o clube, pela distância. Abraço cara.
    Marcelo Santos


    @celomotoboy

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